Como forma de complementarmos os dados recolhidos lembramos-nos de recorrer ao Instituto Nacional de Estatística
INE, especificamente aos
Censos2011. Em primeiro lugar, pesquisamos os resultados do questionário de edifício, nomeadamente as respostas das questões 9, 13, e 14.
Em relação as questões 13 e 14 (
O edifício precisa de reparações? e
O edifício é servido por um sistema de recolha regular e organizado de resíduos sólidos urbanos?) os dados ainda não se encontram disponíveis on-line, pelo que entramos em contacto com o INE para os obter. Foi-nos dito que estes dados só se encontrariam disponíveis no final do ano de 2012. Estas informações serviriam de grande importância para o nosso trabalho, uma vez que encontraríamos dados concretos relativos ao tipo de reparações que os edifícios necessitavam e à questão da poluição, já que questiona sobre a existência de serviço de sistema de recolha regular e organizada de resíduos sólidos urbanos.
Em relação a questão 9 (
Em que época foi construído o edifício?) conseguimos dados on-line a partir dos quais elaboramos os seguintes gráficos, que ajudam a documentar o
primeiro problema identificado pelos portuenses – degradação do património construído.
Verificámos que mais de 70 % dos edifícios do concelho do Porto tem mais de 40 anos, sendo que cerca de 21% foram construídos entre 1919 e 1945 e 17% antes de 1919. Apenas 11% dos edifícios têm 20 ou menos anos de idade. Constatámos também que as freguesias com maior percentagem de edifícios antigos são as do centro histórico (Santo Ildefonso, S. Nicolau, Sé e Vitória). À partida é nestas freguesias que os edifícios estarão mais degradados e a precisar de reparações
Através do questionário de alojamento em relação à questão “
Forma de ocupação” também podemos obter alguns dados on-line sobre o problema da degradação do património da cidade.
Desta forma verificámos que, são novamente as freguesias do centro histórico que tem mais alojamentos considerados vagos, sobretudo nas freguesias de São Nicolau e Vitória com 41% e 46% de alojamentos vagos respectivamente. Esta informação permite-nos pensar que se esses alojamentos estão vagos é porque não se encontram nas melhores condições de habitabilidade necessitando também, à partida, de reparações.
Estes dados vieram reforçar a opinião dos portuenses relativamente à degradação do património construído.
Em relação ao
segundo problema identificado pelos portuenses “segurança/violência/marginalidade/roubos” tentámos, também, obter dados concretos relativo a estas questões. Para tal, entrámos em contacto com o Comando Metropolitano do Porto da Polícia da Segurança Pública. Lamentavelmente a resposta que obtivemos foi que o Comandante, no momento, não tinha possibilidade de responder ao solicitado. Fomos remetidos para o Relatório Anual de Segurança Interna - 2010 (disponível online). Este relatório de 240 páginas refere-se às questões de segurança de todo o país, referindo apenas alguns dados relativos ao distrito do Porto, o que não se enquadra nas nossas necessidades concelhias.
Por último, em relação ao
terceiro problema identificado pelos portuenses – poluição, conseguimos, através de algumas pesquisas na Internet, verificar que quer a qualidade do ar na nossa cidade, como a poluição sonora se têm agravado, sobretudo como consequência do aumento do trânsito. Também verificámos, por experiência própria, que a poluição visual é uma constante, nomeadamente ao nível dos grafites, cartazes publicitários colados uns sobre os outros etc., e tem aumentado mesmo em edifícios que não seria de esperar. Relativamente aos resíduos sólidos, a Câmara tem feito um esforço para manter a nossa cidade limpa. No entanto, nos últimos anos, especificamente ao fim de semana por culpa das classes etárias mais jovens, temos verificado (mesmo presencialmente) que as ruas junto a Rua das Galerias de Paris, ficam num estado lastimoso. Mesmo assim, os técnicos de higiene urbana da cidade têm tentado manter a área limpa. Só falta um pouco mais de civismo por parte de quem frequenta aquele centro de diversão nocturna.
Não nos esquecemos do Rio Douro que, através de estações de tratamento de águas residuais, tem mantido uma qualidade da água constante, sendo possível em época balnear (salvo raras excepções) ir a banhos nas suas águas.